sábado, 13 de novembro de 2010

O pão que veio do céu


Dt 8.1-18

Uma multidão faminta e exausta. Esse era o retrato do povo Israelita que saiu do Egito e caminhava em direção a terra prometida.

A viagem dos filhos de Israel do Egito para Canaã seria longa. O povo andava lentamente e ainda seria necessário ir até o Sinai como o Senhor determinara.
Eles saíram apressadamente e as provisões de comida logo acabaram. Como sobreviver no deserto? Não havia onde conseguir comida, muito menos como plantar.

Será que foi um erro sair do Egito? Iriam todos morrer de fome no deserto? De jeito nenhum. Deus estava conduzindo o povo por aquele caminho. Ele conhecia as suas necessidades e não deixaria de supri-las. Seu plano nunca é incompleto. Ele é sabio, por isso pensa em tudo. É poderoso, por isso faz tudo o que for preciso para cuidar de seu povo. Quando o povo começou a reclamar, Deus enviou pão do céu, o maná.

O QUE É MANÁ?

A palavra maná deriva da expressão hebraica 'man hu'que significa literalmente "o que é isto?" (Ex 16.15)
Era algo extraordinário, fora do comum.

O maná foi uma providência especial de Deus exclusiva para aqueles dias. Nem antes, nem depois daquele período houve algo semelhante ao maná.

O maná vinha com o orvalho da manhã. Quando o orvalho evaporava sobrava no deserto uma coisa fina branquinha como a geada sobre a terra, semelhante a escamas. Quando vinha o calor se derretia.

Era um alimento refinado tinha gosto de bolos de mel. Podia ser moído ou amassado e cozido no forno ou em água. Com ele se fazia um pão com um sabor que parecia ter sido amassado no azeite. Mas só dava para um dia. Aqueles que desobedeceram tiveram uma triste surpresa. No outro dia, o maná cheirava mal e dava bichos. Todos os dias era assim, exceto no sábado. Sábado era o dia de descanço. O maná não desceria. Deus autorizou o povo a recolher na sexta o equivalente a dois dias e o maná não apodrecia.

O povo ingrato, chegou a dizer que a sua alma estava enjoada e a chamar esta maravilha de pão vil(Nm 11.6,21.5). Deus castigou os insolantes, mas nunca deixou o povo, um dia sequer, sem este maravilhoso alimento.

O QUE O MANÁ ENSINAVA?

Ensinava que todo o sustento vem de Deus. "Não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do Senhor viverá o homem"(Dt 8.3). A primeira e mais importante lição é que só Deus pode prover sustento.

O maná mostra que o poder de Deus está acima dos recursos que temos. Quando, e se eles faltarem, o nosso Deus pode nos sustentar. Nossa confiança não veve estar depositada no trabalho que temos ou no dinheiro ou bens que possuímos. Eles não são provedores, mas instrumentos do nosso sustento. Assim, nossa confiança deverá ser colocada inteiramente sobre Deus. Ele não deixará que nada nos falte.

O QUE O MANÁ APONTAVA?

O maná apontava para o verdadeiro pão que desceu do céu, Jesus. Jesus disse:
"Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para o que dele comer não pereça. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.(jo 6.48-51).

Jesus tem a mesma origem do maná: o céu.
Ele foi enviado pelo Pai.
Tem a mesma singularidade. Não houve nenhum salvador antes, nem haverá outro depois.Tem o mesmo sabor. Não há nada mais gostoso do que viver com Jesus.

Quem crê em Jesus nunca mais terá fome, nem sede. Quem come desse pão não perece. De todas as coisas que podemos receber de Deus, nenhuma é mais peciosa que Jesus Cristo. Desprezá-lo e busccar outras coisas significa a morte. Recebê-lo implica vida abundante, satisfeita, feliz. Em nosso deserto, só Jesus pode nos alimentar verdadeiramente.

Devemos confiar na provisão de Deus para as nossas necessidades. Todos os nossos temores e ansiedades devem ser colocados diante de Deus em oração. Ele é poderoso para nos ajudar e certamente o fará cuidando de nós e suprindo cada uma das nossas necessidades.

Por fim, o crente deve estar satisfeito com as coisas que tem. A alegria e a gratidão devem ser marcas do cristão.

Graça e paz!

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