Os judeus, especialmente os fariseus, tinham uma oração muito curiosa que dizia:
 "Senhor, agradeço porque não nasci escravo, nem gentil e nem mulher."
Um judeu nunca colocaria na sua árvore genealógica o nome de uma mulher 
muito menos se esta tivesse má reputação. Mas na genealogia de Cristo, 
são mencionadas quatro mulheres. 
Tamar é a primeira, é dela que vamos falar nesse primeiro momento. 
Vou resumir a história:
Tamar, está no cap 38 do livro de Gênesis. Tamar era nora de Judá, um dos 
filhos de Jacó.
Ela se casou com o filho mais velho de Judá chamado Er, um homem que não 
temia a Deus. 
Andava pelos seus próprios caminhos e morreu cedo, deixando Tamar viúva.
Naquele tempo existia uma lei em Israel: quando alguém deixava uma viúva jovem 
e sem filhos, o irmão devia se casar com a viúva para dar descendência ao falecido. 
Tamar ficou viúva pela segunda vez, jovem e sem filhos. E a lei civil de seu 
tempo dizia que ela devia se casar com o terceiro irmão. Mas o irmão era muito 
novo ainda. 
Seu nome era Selá. Então Judá prometeu a sua nora que quando Selá crescesse se cumpriria a lei. 
Mas Selá cresceu e Judá não o deu em casamento a Tamar. 
Diante disto, ela sentiu-se injustiçada, ferida e machucada. 
Seus direitos estavam sendo desrespeitados.
Tamar era daquele tipo de mulher que fazia valer os seus direitos e para defendê-los 
não media conseqüências. 
Um dia, disfarçou-se de prostituta, ficou na entrada da cidade e enganando seu próprio sogro, deitou-se com ele e ficou grávida.
Segundo a lei, ela devia ser condenada à morte, mas jogou na cara do sogro a grande 
injustiça que ele tinha cometido com ela. 
Judá ficou perplexo, derrotado e sem argumentos. Tamar fizera justiça com suas próprias mãos. 
Foi ferida e injustiçada. Partiu para a luta e venceu, mas ficou carregando o 
sentimento de culpa. 
Fez justiça com suas próprias mãos, mas caiu na promiscuidade. 
Fez justiça, mas essa justiça tinha um sabor muito amargo e doloroso. 
Depois de vencer, descobriu que não tinha valido a pena descer tão baixo para conquistar seus direitos.
Tamar é símbolo do ser humano que quando se sente machucado e ferido não pensa 
duas vezes para machucar a quem o feriu.
Assim como Tamar muitas vezes temos que cair diante de Deus e dizer:
"Senhor, não valeu a pena ter feito justiça com minhas próprias mãos." 
Não compensou ter caído no pecado, tentando golpear aquele que estava sendo 
injusto comigo. 
Eu me machuquei. 
Não valeu a pena, Senhor, sinto-me perdida, atormentada pela culpa. Por favor, tem compaixão de mim.
Deus ouviu a oração daquela mulher. Abriu-lhe os braços e disse:
"Filha, não me importa o seu passado. Aqui estão meus braços abertos, volte para mim."
Tamar voltou aos braços de Deus e sentiu o beijo da paz, o abraço da reconciliação. 
E quando Deus perdoa, Ele esquece o passado. E no livro da genealogia de Cristo o 
nome de Tamar está escrito, porque ela não tinha mais passado, ela nasceu quando 
voltou para Deus.
É isso que Jesus tá dizendo pra você. 
Não importa onde você foi; nem quão baixo você caiu; não importa o que você fez; pode ter errado, mas se você voltar ao primeiro amor passará a fazer parte da família de Deus novamente. Não é maravilhoso isso?
Graça e paz!
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
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